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terça-feira, 17 de julho de 2012

Segunda Guerra Mundial (Brasil) - A Origem do Avestruz Brasileiro









"No começo deste século, nós, os fundadores da Aeronáutica, havíamos sonhado com um futuro pacífico e grandioso para ela. Mas a guerra veio, apoderou-se de nossos trabalhos e, com todos os seus horrores, aterrorizou a humanidade."

(Santos Dumont)







FAB 1º Grupo de Aviação de Caça do Brasil Vamos decolar nesse  lembrarça do passado,relembrando um um pouco do nossa historia na Segunda Guerra Mundial .
          
                                           

                              Senta a Pua!


Senta a Pua! é o símbolo e grito de guerra do 1º Grupo de Aviação de Caça da Força Aérea Brasileira (FAB), tendo suas origens na Segunda Guerra Mundial.




                                HERÓIS VERDADEIROS!


Documentário  vale apena ver .


No dia 06 de outubro de 1944, os integrantes do 1º Grupo de Aviação de Caça do Brasil desembarcaram no porto de Livorno, na Itália, para participar da Segunda Guerra Mundial integrando o 350º Fighter Group. Faziam parte do grupo 466 pessoas: 49 pilotos e 417 homens de apoio.

A saga do 1º Grupo de Aviação de Caça é contada por seus próprios pilotos, veteranos do mais importante conflito bélico do século XX, cujas ações contribuíram para a garantia da vitória aliada na Europa.

23 depoentes, entre pilotos, pessoal de apoio e pessoas ligadas ao Primeiro Grupo de Aviação de Caça Brasileiro na Segunda Guerra Mundial. E mais: imagens de arquivo, fotos de época (p/b e coloridas) e ilustrações digitais. 


                                     

A unidade foi criada no dia 18 de dezembro de 1943 e enviada para a Itália no ano seguinte

O mundo estava em guerra. Os combates eram intensos em várias partes do mundo. Na costa brasileira, navios tinham sido afundados. A Aviação de Patrulha da Força Aérea Brasileira (FAB) respondia aos ataques dos submarinos. Nesse contexto, nascia o Primeiro Grupo de Aviação de Caça (1º GAVCA), a primeira unidade da Aviação de Caça brasileira a entrar em combate. No dia 18 de dezembro, o Grupo de Caça completa 68 anos.
O 1º GAVCA foi criado em 1943. Pilotos e especialistas de diversas áreas apresentaram-se voluntariamente para integrar a recém-criada unidade que seria enviada meses depois à Itália. Dos militares que se apresentaram, 32 foram escolhidos para formar o grupo-chave que seguiu para Orlando, na Flórida (EUA), para treinamento com aviões Curtiss P-40 na Escola de Tática Aérea da Força Aérea Americana.
Durante o treinamento, os militares da FAB foram transferidos para a Base de Aguadulce, no Panamá, onde completaram a preparação como pilotos e especialistas do Sistema de Defesa Aérea da Zona do Panamá. Na última etapa, os militares do Grupo de Caça tiveram contato com o P-47 Thunderbolt, “o tanque de guerra voador”, na Base Aérea de Suffolk, em Long Island (EUA). Essa aeronave levou os brasileiros ao combate na Europa.
Os pilotos e especialistas da Força Aérea desembarcaram no Porto de Livorno, na Itália, em 6 de outubro de 1944, prontos para o combate e participaram de forma heróica do avanço aliado contra o nazismo naquela parte da Europa, tendo apoiado, por diversas vezes, os pracinhas da Força Expedicionária Brasileira (FEB) em importantes batalhas, como a tomada de Monte Castelo.

                                          

FAB NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL NO DIA 22 DE ABRIL FOI DIA MAIS LONGOS PARA OS NOSSO AVIADORES 

                             Em muitas ocasiões, como comandante do 350th Fighter Group, eu fui obrigado a mantêlos no chão quando insistiam em continuar voando, porque eu acreditava que eles já haviam ultrapassado os limites de sua resistência física.”
As palavras são do Major General Nielsen, ex-comandante da unidade americana à qual os pilotos da Força Aérea Brasileira (FAB) estavam subordinados na Itália.
O comentário faz parte do pedido para que o Primeiro Grupo de Aviação de Caça (1º GAVCA) recebesse a Citação Presidencial Americana – apenas três unidades estrangeiras possuem a comenda. Os brasileiros entraram em combate no final de 1944 e participaram, no início do ano seguinte, da ofensiva de primavera – um grande esforço aliado para acabar com o conflito na Europa. Ao mesmo tempo em que conquistavam resultados expressivos, o Grupo de Caça perdia em média três pilotos por mês – média igual à da Força Aérea Americana (USAF), incluindo pilotos abatidos e mortos, desaparecidos e capturados.
Às vésperas do dia 22 de abril, os pilotos brasileiros tiveram de tomar uma importante decisão diante das sucessivas baixas: o 1º Grupo de Caça deixaria de existir, com seus pilotos e mecânicos distribuídos nos demais esquadrões aliados, ou continuariam lutando, com um número maior de voos por dia, arriscando mais a vida, mas como uma unidade brasileira. “Só quem esteve em combate sabe o que é voar mais de uma missão no mesmo dia”, recorda o Major-Brigadeiro-do-Ar Rui Moreira Lima, veterano do Grupo de Caça e autor do livro “Senta a Púa!”. Decidiram lutar mais.
No dia 22 de abril de 1945,num único dia, os pilotos da FAB realizaram 11 missões, na data que simboliza a Aviação de Caça Brasileira.Voaram duas, até três vezes, em intervalos de poucas horas,sob fogo inimigo e enfrentando grande desgaste físico – um piloto perdia dois quilos em uma missão de duas horas de duração.
Engana-se quem pensa que o esforço acabou ali. Por mais três dias, os pilotos brasileiros voaram dez missões diárias. O 22 de abril é até hoje o Dia da Aviação de Caça. 



O símbolo foi criado pelo então Capitão Aviador, depois Major-Brigadeiro Fortunato Câmara de Oliveira, Comandante da Esquadrilha Azul, e todos os elementos do                                 símbolo tem uma explicaçao:




Abaixo, reproduzimos o depoimento do seu próprio criador, o

Major-Brigadeiro Fortunato Câmara de Oliveira:

"....E lá em Nova York era aquele bando de gente com aquele quepe branco, pareciam mesmo avestruzes, e ainda por cima comendo as coisas mais disparatadas para o brasileiro: feijão com açúcar, leite em pó, café ralo parecendo um chá ... Nós comíamos aquilo, e só mesmo um estômago de avestruz para agüentar a dieta. Bom, isso é só uma introdução para dizer que durante a viagem no Colombie alguém disse: “ Nós precisamos bolar o nosso símbolo”, e na discussão, disseram: “A coisa que mais nos caracteriza aqui é o fato de nós sermos ‘avestruzes', comendo essas coisas”.Todos acharam uma boa idéia, e ficou a pergunta: “Quem é mais parecido com avestruz aqui?”. “O Lima Mendes”, concordou o grupo. Aí eu pedi para o Lima Mendes pousar um pouquinho, fiz a caricatura dele, depois adaptei a cara do avestruz e acrescentei as cores , tudo com um significado especial. Então veio o termo ‘SENTA A PUA' , trazido pelo Tenente Rui Moreira Lima. ‘Senta a pua' era um termo do Norte, e o comandante dele chamado Capitão Firmino, mais conhecido como Firmino da Paraíba , toda vez que ia entrar em ação, fazer alguma coisa, dizia: “Senta a Pua !”. O Rui sugeriu: “Que tal ‘Senta a Pua' ?” e todos concordamos.Estávamos ao redor de uma mesinha no navio: eu, Lima Mendes, Rui, o Meira - se não me engano- então eu desenhei o símbolo. Tem a nuvem, que é o chão do avião, o vermelho que é o céu de guerra, o escudo que representa o cruzeiro do sul ... Armei o avestruz com uma pistola que era o “tiro”, depois botei o quepe. Quando nós entramos em combate e começamos a ‘levar tiro' dos alemães, fizemos mais um “flak” (explosão) estourando perto do avestruz. É essa a história do ‘Senta a Pua': muito simples e eu acho que engraçada também ... bem humorada. ”

O avestruz, simbolo maior do Senta a Pua é um caso a parte, que merece uma                    explicaçao mais detalhada.


                                         - Faixa externa verde-amarela - o Brasil
                               - Quepe do avestruz - piloto da Força Aérea Brasileira
                    - Escudo - a robustez do avião P-47 Thunderbolt e proteção ao piloto.
                         - Fundo azul e estrelas - o céu do Brasil com o Cruzeiro do Sul

                                  - Pistola - poder de fogo do avião P-47 Thunderbolt
                                  - Fumaça e estilhaços - a artilharia antiaérea inimiga
                            - Fundo vermelho - o sangue derramado pelos pilotos na guerra
                                                          - Nuvem - o espaço aéreo






                                                       
 
''Os pilotos da 
FAB construíram uma história de coragem e bravura na Segunda Grande Guerra ''(Paulo Ricardo da Rocha Paiva é coronel de Infantaria e Estado-Maior.)

Por Paulo Ricardo da Rocha Paiva - de Boa Vista 


Trinta e um de outubro de 1944, “contato companheiros… lancemos o roncar da hélice a girar!” O avião de caça era um P-47/Thunderbolt, para variar de fabricação estrangeira. A nação não produzia como ainda hoje não fabrica as aeronaves de combate para seus aviadores. Mas na cabine, examinando o painel, checando a carga das bombas, vistoriando as metralhadoras, manejando o manche, está um piloto audaz, agressivo, competente, é o seu batismo de fogo nos céus da Itália: esses americanos vão se admirar do que ele pode fazer com suas máquinas aladas de combate!

“Vamos filhos altivos dos ares… vamos nuvens e céus enfrentar!” Foram apenas dez dias, é de admirar, voando integrados `as formações de comando norte-americano. No dia 11 de novembro, o 1º Grupo de Aviação de Caça se supera, passando a voar em esquadrilhas constituídas exclusivamente por pilotos da FAB, batendo alvos próprios. De outubro de 1944 a maio de 1945 foram 445 missões de combate. No efetivo de 350 integrantes estavam inclusos os 49 aviadores/pilotos de combate mandados ao Teatro de Operações do Mediterrâneo que, ao final de pouco mais de seis meses em missões de guerra, estavam reduzidos a apenas 23.  O filme se assemelha com o que estamos vendo agora com a novela da modernização da Força Aérea: o governo da república, como só em ser, não enviou reposições suficientes para os nossos “ases” abatidos na luta.

Todavia, mesmo com a capacidade operacional quase comprometida, nosso aguerrido 1º Grupo de Aviação de Caça continuava a dizer ao que fora, sem diminuir o número de missões diárias, com nossos “falcões” voando em duas e até três missões no mesmo dia. Que os verdadeiros brasileiros se orgulhem, eles verdadeiramente “sentaram a pua”: somente no curto período de 23 dias, de 6 a 29 de abril de 1945, o XXII Comando Aerotático/USA atribuiu oficialmente à nossa Força Aérea Expedicionária nada mais nada menos do que: 15% das viaturas destruídas, 28% das pontes desmanteladas; 36% dos depósitos de combustível danificados e 85% de depósitos de munições atingidos. Sua operacionalidade foi de tal envergadura que o governo americano galardoou o grupo com a “Presidential Unit Citation”, condecoração só concedida às unidades que se distinguiam pelas demonstrações de heroísmo, determinação e espírito de corpo no cumprimento de missões sob extrema dificuldade e condições de perigo.


Estamos agora em outubro de 2011, são passados 67 anos, o espírito de corpo de nossos pilotos da caça continua o mesmo. O mesmo sangue frio, a mesma coragem, a admirada agressividade e a reconhecida noção de cumprimento do dever. E não apenas pilotando os jatos, se bem que já capengas e mesmo remendados que a nação lhes destina. Quem assistiu à demonstração da Esquadrilha da Fumaça que o diga. Todos viram, quem foi à parada do “7 de Setembro” em Brasília, era o enceramento do desfile. Extasiadas as crianças e os jovens, maravilhados os adultos, apressadas algumas autoridades em se retirar do palanque presidencial, entediadas. Todavia, aquele drapejar de perícia e de audácia em aviões, deve ser dito, ainda movidos à hélice como o velho P-47 foi de arrepiar o sentimento de brasilidade. Com certeza, nossos rapazes naquele momento eram os mesmos heróis redivivos do veterano 1º Grupo de Aviação de Caça que desceu o “chicote” nos arrogantes soldados nazistas.

De qualquer forma, não há como não lamentar: aqueles inigualáveis capitães e tenentes, aviadores entusiasmados, é de pasmar, além de ganharem menos do que os ascensoristas do Congresso Nacional, ainda não estão pilotando os caças de última geração prometidos pela politicalha nacional. Nossos governantes e parlamentares, chega-se às raias da mediocridade irresponsável, estão muito mais preocupados em administrar os dividendos do pré-sal do que, primeiro e muito mais importante, assegurar os meios de defesa compatíveis para garantir ao país a posse de tamanho manancial de riquezas.

“Mas se explode o corisco no espaço ou a metralha na guerra a rugir… não nos faz o perigo fugir!” Eles vão estar lá. Nossos pilotos de combate quando chamados, que não se duvide, eles vão estar lá! Assim como aconteceu com os aviadores argentinos nas Malvinas, a maioria deles vai ser sacrificada em seus “caixões voadores”, até que a mesma politicalha infame jogue a toalha colocando a nação de joelhos! Nesta hora, cuidado, eles e seus assemelhados não vão perdoar os maus brasileiros que os traíram!

Paulo Ricardo da Rocha Paiva é coronel de Infantaria e Estado-Maior.





                                            LINHA DO TEMPO

Dez/1943 - O 1º Grupo de Aviação de Caça é criado, sob o comando do então Tenente Coronel Nero Moura.
Janeiro/1944 -Os primeiros pilotos seguem treinamento na Flórida.
Abril/1944 - O efetivo é transportado para Aguadulce, no Panamá, onde os pilotos voam em aviões P-40.
Maio/1944 - O grupo é considerado unidade de caça operacional e empregado na defesa do Canal do Panamá.
Julho/1944 - O P-47 Thunderbolt é escolhido como avião do grupo, entre três opções, pela sua força e resistência em combate.
Setembro/1944 - O efetivo brasileiro embarca em navios rumo à Itália. No caminho, é criada a bolacha do 1º Grupo de Caça.
Outubro/1944 - Desembarque no porto de Nápoles, com deslocamento em trem para Tarquínia. Chegam os P-47 do grupo.
Novembro/1944 - O 1º Grupo de Caça passa a operar como unidade independente. Até então, voavam como alas de outras unidades.
Dezembro/1944 - Deslocamento de Tarquínia para Pizza. Em 48 horas, graças à eficiência do pessoal de terra, o grupo estava pronto para novas missões.
Janeiro/1945 - Três pilotos são abatidos. Dois morrem e um é feito prisioneiro pelos alemães.
Fevereiro/1945 - Grupo dá apoio à tomada de Monte Castelo pela FEB (Força Expedicionária Brasileira).
Março/1945 - Preocupado com a falta de pilotos, o comando aliado propõe o fim do grupo, com a redistribuição do efetivo. O 1º Grupo de Caça decide continuar lutando como unidade independente, passando a voar um número maior de missões.
Abril/ 1945 - Os pilotos brasileiros quebram um recorde de missões: 135 no mês (31% do total de saídas em seis meses). Em 22 de abril, num único dia, realizam 11 missões.
Maio/1945 - As hostilidades cessam e o armistício é assinado.
                                                                 
                                                                      ( Fonte  Agência Força Aérea/DefesaNet/montedo.com
 ) 


                       FAB - Hino dos Aviadores brasileiros                                              Letra do CapArmando Serra de Menezes 
                                                       Música do Cap João Nascimento 





 

       




"Vamos filhos altivos dos ares
Nosso vôo ousado alçar
Sobre campos, cidades e mares
Vamos nuvens e céus enfrentar
IID´astro rei desafiamos os cimos
Bandeirantes audazes do azul
Às estrelas de noite subimos
Para orar ao Cruzeiro do Sul
ESTRIBILHO - BISContato, companheiros!
Ao vento sobranceiros
Lancemos o roncar
Da hélice a girar
IIIMas se explode o corisco no espaço
Ou a metralha na guerra rugir
Cavaleiros do século do aço
Não nos faz o perigo fugir
IVNão importa a tocaia da morte
Pois que a pátria dos céus o altar
Sempre erguemos de ânimo forte
O holocausto da vida a voar
ESTRIBILHO - BISContato, companheiros!
Ao vento sobranceiros
Lancemos o roncar
Da hélice a girar!





"O homem tem que estabelecer um final para a guerra, senão, a guerra estabelecerá um final para a humanidade." (John F. Kennedy)

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